O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT vive possivelmente o momento mais difícil de sua história, mas que acredita na superação das dificuldades. "Acho que a Dilma (Rousseff) vai voltar a crescer, e acho que aqueles que não gostam de nós vão ter que conviver, a partir de 2018, com mais quatro anos dos partidos democráticos e populares na governança deste País", afirmou, em entrevista divulgada no site do PCdoB. Em passagem por Brasília, nesta quinta-feira, Lula discursou na abertura da reunião do Diretório Nacional do PT e almoçou com parlamentares do PCdoB.
Segundo Lula, o momento é difícil porque o adversário enfrentado não são partidos comuns de oposição. "Estamos enfrentando um massacre de uma imprensa conservadora, que me parece que não concorda com a evolução e as conquistas do povo mais pobre desse País, com a ascensão de pobres às universidades, com programas que elevaram a qualidade de vida das pessoas", afirmou.
Leia Mais
Para tentar controlar crise, Lula e PT recuam nas críticas a Joaquim LevyIntimação de filho de Lula gera crise no governoLula diz em entrevista que pode ser candidato outra vezPT usa eleição para plano de 'reconstrução' do partidoLula também voltou a abordar a dificuldade de manutenção da base aliada no Congresso, mas elogiou a troca promovida por Dilma na Casa Civil. "Teoricamente a Dilma tem uma maioria dentro do Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado. Acho que o governo agora arrumou a sua articulação política", disse.
O ex-presidente também elogiou o comportamento da bancada do PCdoB no Congresso e defendeu uma maior aproximação da sigla com o PT. "O PT é muito agradecido ao comportamento da bancada do PCdoB, não só nas cidades, nas Câmaras de Vereadores, mas sobretudo aqui no Congresso Nacional", afirmou. "A deputada Jandira Feghali tem que ser motivo de orgulho não só para o PT, mas para o PCdoB e para quem é da esquerda neste País, que sabe que tem gente que tem caráter, que não é oportunista"..