Manifestantes e militares se envolveram em uma discussão no início da noite deste sábado durante o protesto contra o projeto de lei (PL 5.069/13), de autoria do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). O tumulto ocorreu na Avenida Afonso Pena, próximo à Praça Sete, no Centro da capital, quando os agentes da Polícia Militar (PM) solicitaram a liberação da faixa no sentido da rodoviária para que o trânsito voltasse a fluir normalmente. Segundo testemunhas, o pedido irritou quem participava do protesto. Houve bate-boca e um dos policiais chegou a apontar a arma para os manifestantes, que chamaram a PM de fascista.
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Os detidos foram levados para a Central de Flagrantes. “Houve emprego de força necessária para condução dos dois envolvidos”, disse o tenente Leonardo Campos, do 1º Batalhão. Segundo ele, a manifestação não foi comunicada à PM e as lideranças não quiseram antecipar qual o trajeto.
A concentração dos manifestantes, a maioria mulheres, teve início na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital. Por volta das 17h, o grupo seguiu em caminhada até a Praça Sete, no Centro. No trajeto, manifestantes sentaram no chão e interromperam, por três vezes, o trânsito na Avenida João Pinheiro. Eles também escreveram "fora Cunha" na calçada da via.
A principal reivindicação das manifestantes é que a Câmara não aprove o projeto de lei 5.069/2013, que restringe o atendimento médico a mulheres vítimas de estupro e dificulta o aborto legal. No dia 21, o projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara e agora está pronto para ir à votação no plenário.
Também houve protesto na Estação Rodoviária do Plano Piloto, na área central de Brasília, neste sábado. Segundo a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas participaram do ato.