Brasília - A mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a jornalista Cláudia Cruz, apareceu ao lado do peemedebista na manhã dessa quinta-feira (6)pela primeira vez em público, depois de virem à tona documentos do Ministério Público suíço indicando que o deputado e ela mantêm contas secretas no país europeu. Cláudia esteve ao lado do marido na recepção do príncipe do Japão, Akishino, e da princesa Kiko. A visita oficial ao Brasil comemora 120 anos de amizade entre os países. Durante a cerimônia, que contou com uma reunião reservada de Cunha e outros parlamentares com o príncipe japonês, o deputado Fernando Francischini (SD-PR), chegou a mostrar um cartaz sobre o impeachment de Dilma Rousseff a Akishino. Após o encontro reservado, todos se dirigiram ao plenário e discursaram.
O dossiê do MP suíço entregue à Procuradoria-Geral da República do Brasil revela que o dinheiro que saiu de uma conta na Suíça atribuída a Cláudia Cruz pagou despesas com dois cartões de crédito e uma famosa academia de tênis no estado da Flórida (EUA). Os investigadores afirmam que o dinheiro é fruto de propina na Petrobras.
DÓLARES Irritado com manifestação de um militante que jogou sobre ele notas de dólares falsos durante entrevista anteontem, Eduardo Cunha baixou ontem uma determinação proibindo o livre acesso ao prédio. A norma atingirá inclusive todos os servidores da Câmara, concursados ou não. A partir de hoje, somente os parlamentares - deputados e senadores - poderão acessar qualquer entrada da Câmara sem passar pelo equipamento do raio-X e vistoria dos seguranças. Todos os demais funcionários, prestadores de serviço, jornalistas e visitantes terão que enfrentar fila para inspeção de bolsas e mochilas.
“A Diretoria-Geral informa que, a partir desta sexta-feira, por razões de segurança, todas as pessoas, inclusive servidores, que ingressarem na Câmara deverão passar pelos pórticos de segurança instalados nas portarias. Apenas parlamentares estão dispensados desse procedimento”, diz o comunicado.