O Ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, disse nesta sexta-feira que a condenação de Antérico Mânica é “simbólica”. Em nota, Rossetto prestou solidariedade às famílias dos quatro mortos na “Chacina de Unaí” e disse que o país repudia atos de violência. “A condenação dos acusados da chacina de Unaí é simbólica. Demonstra com firmeza que o país não aceita a barbárie, a impunidade e repudia qualquer tipo de ameaça, física ou verbal, aos Auditores Fiscais do Trabalho, que honram sua profissão lutando para garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em todo Brasil”, disse.
Leia Mais
Procurador afirma que Antério Mânica é um dos mandantes da Chacina de UnaíAntério Mânica disse que seu envolvimento na Chacina de Unaí é "equívoco do MP"Antério Mânica é condenado a 100 anos pela Chacina de UnaíSentença de ex-prefeito acusado de participar da Chacina de Unaí deve sair hojeTermina depoimento de testemunhas de acusação de Antério Mânica na "Chacina de Unaí"Testemunha diz que não tem conhecimento da participação do ex-prefeito na Chacina de UnaíJustiça ouve testemunhas em julgamento de ex-prefeito acusado da "Chacina de Unaí"Manifesto de apoio a fazendeiro condenado na Chacina de Unaí gera polêmicaJulgamento de delator da Chacina de Unaí não será encerrado nesta terça-feiraO ex-prefeito disse durante o júri que o envolvimento dele no crime “é um grande equívoco do Ministério Público”. Antério é irmão do fazendeiro Norberto Mânica, conhecido na cidade do Noroeste mineiro como o 'Rei do Feijão'. O fazendeiro foi condenado na sexta-feira a 100 anos de prisão, ao ser considerado o mandante do assassinato a tiros de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego. “Não tenho nada com esse crime. Norberto não é Antério. Norberto é meu irmão. Os Mânicas são cinco produtores rurais com fazenda distintas”, afirmou.
Na próxima semana está marcado o julgamento do último dos acusados de participação na chacina. O cerealista Hugo Pimenta vai à juri popular. Ele fez delação em 2007 e acusa Norberto Mânica de ser o mandante do crime.
A chacina aconteceu em 28 de janeiro de 2004. Os auditores fiscais Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Oliveira foram mortos a tiros quando faziam fiscalização de rotina na zona rural de Unaí.
Com informações de Maria Clara Prates .