“O presidente solicitou que a Diretoria-Geral e o Departamento de Polícia Legislativa (Depol) apresentem um plano de segurança, consolidado, com as propostas de ajustes, para avaliar a questão”, informou nota divulgada no início da noite de ontem pela assessoria da Câmara. Irritados, funcionários avaliavam que, se numa sexta, dia de menor movimento na Casa, houve longas filas e demora para entrar, às quartas-feiras, quando há pico de pessoas transitando pelos corredores, poderia haver mais confusão.
Antes da revogação ser anunciada, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) passou o dia em reuniões estudando formas judiciais de se posicionar contra a ação de Cunha. Para a entidade representativa, o peemedebista adotou “mais uma medida de constrangimento”.
Cunha, no entanto, manteve a proibição que impede o público de circular pelo Salão Verde nos dias de sessão plenária, outra reação do peemedebista à chuva de notas falsas. Entre os argumentos, ele afirma a necessidade de cumprir o ato nº 3 de 1995, da Mesa Diretora, segundo o qual “nas dependências privativas de parlamentares, somente serão admitidos funcionários, jornalistas e técnicos credenciados e convidados”.
Cunha, porém, não cumpre outro ato, assinado com o Senado, que proíbe ocupações nos arredores do Congresso. Há mais de duas semanas, manifestantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que apoiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, estão acampados no gramado em frente a Câmara. O movimento, que começou com nove barracas, cresce diariamente e ontem já contava com mais de 50..