O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, em entrevista a uma rádio da Colômbia, que o grande medo da oposição brasileira atualmente é com a possibilidade de ele voltar à Presidência da República em 2018. Embora já tenha admitido na semana passada em Brasília que poderá ser candidato novamente, Lula evitou dizer na entrevista se será candidato. Ele destacou que estará "muito feliz apoiando um companheiro".
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Corrupção
Na entrevista, o ex-presidente também reconheceu que a corrupção interfere na economia, mas é apenas um "ingrediente" da conjuntura atual. "Não é a coisa que pode atrapalhar a economia" disse. O petista destacou que "haverá um momento" em que os brasileiros vão entender que grande parte do processo de apuração da corrupção no Brasil atualmente se deve a mecanismos criados pelo próprio governo.
Lula defendeu que a presidente Dilma Rousseff, como outros presidentes, deve deixar a apuração dos escândalos com a polícia e a Justiça e se concentrar em cuidar da economia brasileira. "Não podemos pôr a culpa (da crise) apenas na corrupção. Ela realmente interfere, mas qualquer governo tem que deixar a corrupção para polícia e se preocupar com a economia", afirmou o petista.
Crise política e econômica
O ex-presidente avaliou que as dificuldades enfrentadas pelo Brasil são "conjunturais" e previu que, embora esteja durando mais que o governo esperava, a crise deve acabar em breve.
O petista avaliou ainda que a crise política deve ser solucionada em breve, após a presidente Dilma ter recomposto sua base aliada no Congresso. Ele se referia à reforma ministerial, na qual a petista deu mais espaço ao PMDB, partido com as maiores bancadas no Congresso e o comando das duas Casas. "Penso que ela vai conseguir agora aprovar as medidas importantes do cumprimento do ajuste fiscal para que o Brasil possa voltar a crescer em 2016", disse..