O movimento dos caminhoneiros grevistas mantém apenas dois pontos de interdições parciais em Minas Gerais. De acordo com boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no fim da tarde desta terça-feira, há concentração no km 359, na BR-381, em João Monlevade, Região Central do estado, e no km 369, da BR-262, em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nesses locais apenas os caminhões estão parados. Carros e ônibus não estão sendo retidos.
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Ministro da Justiça diz que greve dos caminhoneiros é política e que PRF agirá com rigor Greve dos caminhoneiros causa seis pontos de interdição parcial em rodovias de MG, diz PRFMinistro diz que greve dos caminhoneiros busca desgaste politico do governoNo Rio, Dilma diz que obstrução de estradas por caminhoneiros é crimeNúmero de trechos com manifestação de caminhoneiros cai para 35, em 9 EstadosBloqueios de caminhoneiros elevam risco de faltar combustível, diz SincopetroMovimento dos caminhoneiros teve claro 'refluxo', diz ministro da JustiçaRodovias estaduais do Rio Grande do Sul estão livres de protestos de caminhoneirosMulta maior para caminhoneiros inibe bloqueios nas rodoviasGoverno vai aumentar multa para caminhoneiro que bloquear estradaA presidente Dilma Rousseff comentou o assunto nesta terça-feira e disse que a obstrução de estradas por caminhoneiros é criminosa, pois priva a população e setores da economia de alimentos e combustíveis. "Reivindicar nesse país é direito de todo mundo. Construímos a democracia para que isso não fosse crime. Agora, esse é um país responsável. Interditar estradas, comprometer a economia popular, desabastecendo de alimentos e combustíveis, isso tem componente de crimes já previstos. Vamos garantir que não haja qualquer prejuízo para a economia popular. Obstruir é crime", declarou.
Segundo a PRF, nenhuma multa foi aplicada até o momento. Nessa segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o movimento de greve dos caminhoneiros tem viés “indiscutivelmente político” e que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério de Justiça “vão agir com rigor”. “Não há uma pauta de reivindicações, nós não temos possibilidade de negociar em cima de questões que não são apresentadas. É uma pauta política que é alimentada por pessoas que querem fazer uma ação política, e nós lamentamos que seja assim”, afirmou. Cardozo ainda disse que os que estiverem parados nas estradas serão multados em R$ 1.915 e, no caso de interdição, a PRF está autorizada a agir.
Convocados pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), motoristas bloquearam nessa segunda-feira trechos de estradas de 13 estados brasileiros: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Os manifestantes se declararam autônomos e independentes dos sindicatos da categoria. Contrários ao governo Dilma Rousseff (PT), eles pedem a saída da presidente, o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e do preço dos combustíveis, entre outros pontos.
Mas a greve rachou a categoria, que em abril deste ano fez um longa paralisação. Entidades como a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), a União Nacional dos Caminhoneiros (UNC) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL) divulgaram nota contra o protesto. Em nota, a CNTTL classificou o protesto dessa segunda-feira como uma “manobra” de um “grupo que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses políticos, que nada têm a ver com a pauta de reivindicações da categoria”. O movimento foi criticado também pela Associação Brasil Caminhoneiro (ABCAM), que considerou o ato político. .