Brasília - Um dia depois do anúncio formal de desembarque do PSDB, mais dois partidos, o PPS e o DEM, engrossaram o coro pela saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara antes do término do processo que pede a cassação dele no Conselho de Ética. “Vamos reunir a bancada na semana que vem, mas a decisão já foi tomada: Cunha não tem mais condições de presidir a Casa”, afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). “As provas são contundentes e as explicações dadas por ele só o complicaram”, resumiu o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Com o movimento, Cunha perde um dos tripés que o mantinham no cargo. Os demais são o PT e o governo, que relutam em se movimentar bruscamente rumo ao pedido de saída dele por temer que acelere o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. E um lusco-fusco de legendas que foram beneficiadas por cargos na Mesa Diretora, relatorias de medidas provisórias importantes, presidências de comissões temáticas e, em alguns casos mais específicos, que possuem deputados que tiveram as próprias campanhas de 2014 financiadas pelo peemedebista.
“Não sabemos como as coisas ficarão daqui para frente. Mas não havia mais condições de apoiar Cunha”, disse Mendonça Filho. Em um discurso inflamado na tribuna, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, disse que o pedido de impeachment baseia-se em fatos, e não por serem contrários à presidente Dilma.
REAÇÃO Para um integrante da bancada do PMDB, o gesto da oposição foi péssimo para Cunha. “Ele perde apoio, perde espaço na Casa e ainda passa o sinal de que não conseguiu segurar o PSDB.
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