Os deputados estaduais mineiros perderam nessa quinta-feira (12) mais uma oportunidade de aprovar uma regra que obrigue a Casa a descontar o salário dos parlamentares que faltarem às sessões de votação. A pressão dos contrários na Assembleia falou mais alto e, com 48 votos, foi aprovada, em segundo turno, a reforma do regimento interno do Legislativo sem que o assunto nem mesmo voltasse a constar do projeto. No lugar da emenda que voltaria a ser apreciada, houve um acordo verbal de que a presidência vai avaliar a presença dos parlamentares.
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Assembleia aprova mudança no regimento, mas sem o corte de ponto de deputados faltosos PF prende assessor do Ministério do Trabalho e EmpregoO deputado, porém, disse duvidar que os faltosos sejam encaminhados ao Conselho de Ética e muito menos que venham a receber o salário proporcional aos dias trabalhados. “Disse ao presidente que respeito as afirmações dele, mas não acredito que isso vá resolver. Tenho 17 anos de mandato, esse é sexto presidente da Casa neste período, e nunca ninguém cortou o ponto de deputado.
Conforme mostrou o Estado de Minas, somente em outubro a medida geraria uma economia de R$ 369.704,85 aos cofres públicos. Foram 438 faltas registradas nas 13 reuniões ordinárias de plenário no período. Na votação de segundo turno nessa quinta-feira do projeto do regimento, 48 parlamentares estavam presentes. Ou seja, pela regra, 29 estariam sujeitos ao desconto no contracheque.
O secretário da Mesa, Alencar da Silveira Jr. (PDT), afirmou que o assunto não voltou a discussão porque a emenda de primeiro turno havia sido rejeitada. Além disso, segundo ele, o corte de ponto já está previsto no regimento. O artigo 65 diz que o pagamento será correspondente ao comparecimento efetivo do deputado nas reuniões e à participação nas votações.
A resolução aprovada deu à Comissão de Constituição e Justiça o caráter terminativo, quando o parecer for pela inconstitucionalidade. Também estabeleceu que as propostas de emenda à Constituição passarão por ela. Para acabar com a corrida ao protocolo no início de legislaturas, a resolução acaba com a transferência de autoria dos projetos para o parlamentar que desarquivar os textos de colegas que não se reelegeram. Também acaba com o arquivamento automático daqueles que foram eleitos para mais um mandato..