Curitiba – O juiz federal Sérgio Moro decretou a quebra do sigilo telefônico do PT e de pelo menos seis números que seriam usados pelo ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, segundo o Ministério Público Federal (MPF). A abertura de dados alcança o período de 2010 a 2014, abrangendo três campanhas eleitorais. A força-tarefa da Operação Lava-Jato aponta o uso da legenda como forma de ocultar dinheiro desviado da estatal por meio de contribuições e doações de campanha. Preso desde 15 de abril, em Curitiba, Vaccari é acusado de ser operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras.
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'Vou continuar atuando da mesma forma', diz Gilmar Mendes sobre cartilha do PTBaiano cita 'Charles' como arrecadador do PTDefesa de Vaccari protesta contra quebra de sigilo telefônico na sede do PTA medida solicitada pelo MPF integram a ação que investiga se a Atitude foi usada pelo ex-tesoureiro do PT para lavar dinheiro de propina recebida por contratos com a Petrobras. Os investigadores da Lava-Jato descobriram que propina do esquema da Petrobras teria sido canalizada para a gráfica por meio de repasses do executivo Augusto Ribeiro Mendonça – do grupo Setal –, um dos delatores da operação. Ele revelou que o ex-tesoureiro lhe pediu R$ 2 milhões para o partido e sugeriu que o depósito fosse feito em favor da gráfica.
A ordem de quebra do sigilo atinge o coração do PT, cuja sede fica situada na Rua Silveira Martins, Centro de São Paulo. “A medida pretendida é adequada e necessária para possibilitar a identificação dos registros das chamadas originadas e recebidas pelos terminais-alvos da investigação e seus respectivos interlocutores, bem como a localização geográfica em que se encontravam os alvos no momento das comunicações de interesse da investigação criminal, por meio de antenas que captaram o sinal”, sustenta o MPF no pedido.
O advogado de Vaccari, Luis Flávio D’Urso, classificou as quebras de sigilo envolvendo outras pessoas e entidades que não são seu cliente como “devassa” e entrou com uma petição para tentar reverter a medida. “Solicitamos que o juiz afaste telefones de pessoas e de instituições, como o próprio PT, que são estranhas ao processo, não tem ligação. Por isso, não há necessidade dessas quebras”, disse D’Urso. Vaccari está preso desde 15 de abril em Curitiba (PR).
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