São Paulo - O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, ficou em silêncio durante seu interrogatório na Justiça Federal, do Paraná, na manhã desta sexta-feira. O executivo está preso preventivamente desde 19 de junho deste ano, quando foi capturado na Operação Erga Omnes, 14ª etapa da Operação Lava-Jato. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Andrade Gutierrez com a Petrobras.
Leia Mais
Arquivos da Andrade Gutierrez reforçam indícios de cartelDelator confirma Andrade Gutierrez em cartel alvo da Lava-JatoSTJ julga nesta terça-feira pedido de habeas corpus de presidente da Andrade GutierrezCade investiga Andrade Gutierrez e Ricardo Pessoa (UTC) por cartel em Angra 3Lava-Jato aponta US$ 1,6 mi em propinas para ex-gerente da PetrobrasPolícia Federal deflagra a 20ª fase da Lava-JatoDois executivos ligados à Andrade Gutierrez também se calaram diante do juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava-Jato na primeira instância. Paulo Dalmazzo foi citado, nas declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e dos executivos Augusto Mendonça e Marcos Berti, como um dos executivos da Andrade Gutierrez responsável por representá-la nas reuniões do cartel instalado na estatal petrolífera. O esquema de corrupção e propinas foi desbaratado pela força-tarefa da Lava-Jato. "Apesar de os fatos imputados a minha pessoa não fazerem relevância, porque eu nem na companhia estava, por orientação da minha advogada eu reservo o direito de ficar em silêncio", declarou o executivo.
Segundo a denúncia da Procuradoria da República, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, um dos delatores do esquema, realizava e coordenava as reuniões do 'clube vip' de empreiteiras cartelizadas. As reuniões teriam ocorrido, em sua maioria, nas sedes da própria UTC, em São Paulo e no Rio de Janeiro, na sede da Queiroz Galvão e da Andrade Gutierrez.
O executivo Élton Negrão também silenciou.