São Paulo, 13 - Atos que cobram a cassação e o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acontecem nesta sexta-feira, 13, em diversas cidades brasileiras. As manifestações tiveram a presença de integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Frente Brasil Popular, Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial de Mulheres e grupos LGBT.
A manifestação em João Pessoa aconteceu no período da manhã. Policiais militares que acompanharam a mobilização não têm estimativa de público. A concentração começou às 9h, na Praça da Independência, no Centro, e a marcha começou por volta das 10h45, chegando à Lagoa do Parque Solon de Lucena.
O grupo formado pelo Movimento de Mulheres da Paraíba, sindicatos, União Nacional dos Estudantes (UNE), Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial de Mulheres e grupos LGBT. Em Campina Grande, distante 160 km da Capital, também foi registrado ato contra Eduardo Cunha promovido por grupos de mulheres.
A representante da Cunhã Coletivo Feminista, Anadilza Paiva, disse que o movimento quer a saída do presidente do Congresso, investigado pela Polícia Federal e Ministério Público. "Somos contra as medidas defendidas por Cunha, que representam um retrocesso nos direitos humanos das mulheres e do povo", disse.
Fortaleza
Em Fortaleza, o ato contra o presidente da Câmara reuniu, nesta tarde, cerca de 200 pessoas na Praça do Ferreira, de acordo com os cálculos dos policiais militares que faziam a segurança do local. Ligados à Frente Brasil Popular, os manifestantes responsabilizaram Cunha pela onda conservadora que tem pautado o Congresso brasileiro.
Caracterizado como o parlamentar, um jovem tentava explicar a quem passava pela praça quem era o presidente da Câmara e quais denúncias de corrupção são atribuídas a ele. Grupos de mulheres fizeram batucadas pedindo a saída do peemedebista da presidência da Câmara.
Depois dos discursos, que contou com falas de Ticiane Studart, do movimento de mulheres, e Francisco Will, presidente da Central Única dos Trabalhadores do Ceará (CUT-CE), entre outros, os participantes deram uma volta simbólica na praça. De acordo com Francisco Will, Cunha representa uma "forma vergonhosa" de rir do povo brasileiro. "Primeiro, ele vai à imprensa e diz que não tem dinheiro na Suíça. Depois, volta à imprensa e diz que o dinheiro foi depositado de forma enganosa para prejudicá-lo. Ele pensa que a gente é bobo", comentou.
Campinas
Em Campinas, cerca de 200 pessoas se concentraram no largo do Rosário, na região central, por volta das 17h, para sair em passeata contra Cunha. Organizadores do movimento aguardam a chegada de mais manifestantes..