Brasília - Ao abrir o congresso do PMDB, em Brasília, nesta terça-feira o vice-presidente Michel Temer vai pregar a reunificação das forças políticas para superar a grave crise que o país atravessa e retomar a estabilidade institucional.
Embora Temer tenha garantido nessa segunda-feira, 16, na reunião da coordenação política do governo, que o encontro não terá o objetivo de discutir o divórcio do PMDB com o Palácio do Planalto, ministros do PT sabem que a ala minoritária do partido promete barulho, defendendo até o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em agosto, quando a tensão política atingira o seu auge, Temer disse que o Brasil precisava de alguém capaz de "reunificar a todos". A frase foi interpretada no Planalto como um sinal de que o vice pretendia se cacifar para assumir o comando do País, aproximando-se do PSDB e dos empresários. Presidente do PMDB, Temer negou qualquer tipo de "conspiração", mas a propaganda de TV do partido, em setembro, deu mais uma demonstração de distanciamento entre o principal partido da coalizão e o governo Dilma.
'Incêndio'
Provocado nessa segunda-feira (16) pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que quis saber qual seria o tom do congresso do PMDB, Temer respondeu que não haveria nenhum incêndio. "Podem ficar tranquilos", assegurou o vice. Temer garantiu que o encontro promovido pela Fundação Ulysses Guimarães não terá caráter deliberativo nem tratará de rompimento com o governo. "Nós vamos debater o programa econômico e sugerir propostas para o País", afirmou.