O vice-líder do governo da Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que há acordo para que seja votado nesta terça-feira o projeto de lei que altera a meta fiscal de 2015 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. Ele previu que a oposição vai tentar obstruir a votação, mas a expectativa é de aprovação do projeto.
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DEM e PSDB prometem obstruir votação de revisão da meta fiscal de 2015 na CMOÉ inabilidade falar em tirar ministro em momento de crise, diz presidente da CMOEm votação simbólica, CMO aprova abatimento de R$ 20 bi do PAC da meta de 2016DEM diz na CMO que Dilma faz do orçamento conta de padariaCMO adia votação de relatório de receitas de 2016 após divergênciasA votação do projeto da meta fiscal de 2015 é crucial para a presidente Dilma Rousseff. Lideranças alinhadas com o governo na CMO se mobilizam para a votação.
O Palácio do Planalto está preocupado em não conseguir votar até o fim do ano o projeto que prevê uma mudança da meta fiscal de um superávit primário de 1,13% do PIB para um déficit que pode superar os 2% do PIB. Se não cumprir a meta prevista originalmente e não mudá-la via Congresso, Dilma poderá ser enquadrada em irregularidade contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e também por crime de responsabilidade. No limite, abriria uma brecha para ser alvo de um novo pedido de impeachment.
2016
Dirigentes da União dos Auditores Federais de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (Auditar) fazem um corpo a corpo na porta da CMO para tentar barrar corte de nomeações e contratações de servidores no próximo ano. Segundo o presidente da Auditar, Paulo Martins, a proposta foi incluída pelo governo no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. Participam da mobilização aprovados no último concurso da carreira e que aguardam nomeação.
Todos os parlamentares que chegam à sala da CMO onde haverá reunião daqui a pouco, antes da abertura de sessão, estão sendo abordados pelos manifestantes.