Brasília, 17 - A ex-ministra das Relações Institucionais Ideli Salvatti avaliou nesta terça-feira, 17, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) estão tendo "resultados melhores" à frente da articulação política do governo Dilma Rousseff do que os antigos responsáveis, entre eles, o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
"Acredito que estamos tendo um resultado melhor com a dupla Berzoini e Jaques Wagner", afirmou a ex-ministra, ponderando que a melhora pode se dar por uma conjugação tanto da articulação política melhor quanto pelo cenário político mais favorável. Questionada, ela afirmou ser difícil cravar uma avaliação, pois, apesar de estar acompanhando de longe, não está mais no cotidiano do governo.
Atualmente morando em Washington (EUA), onde trabalha como assessora a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), por indicação de Dilma, Ideli está no Congresso Nacional nesta terça-feira para se reunir com deputados e senadores. Segundo ela, os encontros têm objetivo de discutir convenções internacionais que o Brasil assinou e que precisam ser ratificadas pelos parlamentares.
Ideli ficará no Brasil até o fim desta semana, para participar de dois eventos internacionais como representante da OEA: um sobre segurança viável e outro sobre consumidores internacionais. Segundo ela, até agora, não está prevista nenhuma reunião a sós entre ela e presidente Dilma. Ideli lembrou, contudo, que poderá participar de encontro com a presidente solicitado pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro.
A ex-ministra disse que veio ao Brasil sem o marido, Jeferson da Silva Figueiredo. Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo em setembro, após indicar Ideli para a OEA, o governo indicou o marido dela para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, também em Washington. As nomeações criaram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares.