São Paulo - O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), criticou o quadro fiscal brasileiro em todas as esferas e independentemente de partidos e governos. "O modelo que temos para o Brasil é completamente inviável, a gente vai explodir. Ou a gente enfrenta a questão ou lá na frente o problema vai explodir", disse ao participar de debate promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) na capital paulista.
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Levy se alia a PMDB e PSDB e ajuste avançaComissão aprova reajuste do Bolsa Família vinculado à inflaçãoNo entanto, o governador não adotou um tom otimista. Segundo ele, Santa Catarina também tem visto queda nas receitas e aumento nos gastos. O problema, argumenta, é fruto do cenário econômico nacional desfavorável, mas também de questões estruturais.
Um dos pontos destacados por Colombo foi a previdência, que segundo o governador é um desequilíbrio sistêmico em todos os entes da federação. No Estado, que tem 6 milhões de habitantes, Colombo afirmou que há um déficit de previdência anual da ordem de R$ 270 milhões.
A questão da previdência também foi citada por Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, que participa também da mesa de debate. Perillo reclamou do volume de despesa com juros de endividamento dos Estados e também do que chamou de "pautas bombas" promovidas pelo governo federal ao determinar reajustes para funcionários nos Estados, mas não prever de onde os governadores tirarão os recursos para ceder esses reajustes.
Perillo também citou gastos em segurança pública, que segundo ele chegam anualmente a quase R$ 40 bilhões se forem somados os gastos dos Estados com a área. O tucano reclamou que a União praticamente não gasta com segurança. "Não há orçamento que comporte", afirmou..