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Estado de Minas

Em entrevista, Lula disse que Dilma errou ao estender concessão de subsídios

O ex-presidente ainda desafiou a qualquer pessoa que prove que ele recebeu qualquer tipo de vantagem devido ao seu cargo de presidente


postado em 18/11/2015 20:43

(foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)
(foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)

O ex-presidente Lula afirmou nesta quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff errou ao manter subsídios para alguns setores por um tempo muito grande. “Um dos erros da companheira Dilma, e ela sabe disso, e que ela manteve uma política de subsídio em muitas coisas”, afirmou. Na sequencia, Lula emendou que, apesar de considerar uma falha, a presidente teria continuado a política de desoneração “porque ela precisou manter o nível do emprego”. Lula comentou o assunto em entrevista ao canal a cabo Globonews na noite de hoje.

Perguntando sobre constante influência que exerceria sobre o governo de Dilma, Lula negou mas deixou claro que expõe seu ponto de vista a ela sobre as políticas e medidas adotadas. “A Dilma sabe o que eu penso. Agora, a presidente da República tem as convicções dela. Obviamente que a Dilma deve receber 800 informações, cada empresário tem a solução, cada deputado tem a solução. Mas ela tem as convicções dela”, afirmou. Lula ainda disse que acredita a que a presidente deve terminar o mandato dela. O contrário disso, ele classificou como “golpe”.

Sobre denúncias envolvendo um dos filhos, Lula afirmou que cabe a ele provar que não cometeu irregularidades. “Ele tem que provar que fez a coisa certa. E é importante que ele tenha que provar mesmo, porque se não provar ele está subordinado a mesma Constituição que eu estou. As mesmas leis que eu estou”, comentou. Lula ainda reclamou que o tratamento, principalmente na imprensa, em relação a ele é diferenciado. Não dando o mesmo peso as denúncias idênticas quando feitas a outras lideranças políticas.

Sobre as investigações na operação Lava-Jato, o petista fez um desabafo. “Eu só tenho um valor nessa minha vida, não tenho dois, que é vergonha na cara aprendido de uma manhã da favela. Eu divido que tenha nessa país, um empresário que esteja na lava-jato ou que não esteja na lava-jato, que goste de mim ou que não goste de mim que more no Rio ou que more onde quiser que diga que um dia conversou qualquer coisa comigo que não fosse possível de ser concretizada em qualquer lugar do mundo”, disse se referendo a insinuações de que ele teria feito lobby para empresas. E mais, afirmou que nunca recebeu sequer “uma pera” de qualquer pessoa na tentativa de lhe conceder vatagens.

Ainda sobre questões do governo, Lula disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é um dos fiadores da crise política que atrasa votações de questões importantes. “Eu acho que tem uma crise política. [...] me parece que com a Câmara, o Cunha tem um poder muito grande. Os líderes partidários não têm a força que parecem ter. Os presidentes não mandam mais nos partidos, os líderes também não", disse.

Sobre o ajuste fiscal que segue parado no Congresso, o ex-presidente disse que ele é importante para que a economia volte a crescer. "A Dilma está certa em fazer o ajuste. O que está errado é que está demorando demais. E não é culpa dela. Nós temos uma crise política muito séria, há uma confrontação de um ano entre Legislativo com o Executivo", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou os rumores de que estaria fazendo pressão para a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. "Eu não quero tirá-lo nem quero colocá-lo. O ministro da Fazenda é um problema da presidenta Dilma", afirmou o petista.


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