O deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deixou na tarde desta quinta-feira a reunião com alguns parlamentares dizendo que não vai se intimidar diante das ameaças. "Vou fazer o papel que fui escolhido de maneira isenta e transparente. Vou fazer o meu trabalho", disse Pinato.
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Relator do caso Cunha no Conselho de Ética se emociona com apoio de parlamentaresConselho de Ética analisará processo contra Eduardo Cunha na terça-feiraCom plenário esvaziado, Cunha suspende anulação da reunião do Conselho ÉticaPRB deve ir ao STF contra saída de Pinato da relatoria do Conselho de ÉticaPinato atribui a Cunha sua destituição da relatoria do Conselho de ÉticaPF prende assessor do Ministério do Trabalho e EmpregoDeputados esvaziam plenário em protesto contra Cunha e decisão sobre Conselho de ÉticaO relator saiu da Câmara nesta tarde sem dar detalhes aos jornalistas sobre as ameaças feitas contra ele e sua família. Segundo participantes da reunião, Pinato revelou que, além da pressão e dos constrangimentos que vem sofrendo, recebeu ligações telefônicas e uma abordagem de dois homens em uma moto no interior de São Paulo. De acordo com relatos, os homens se aproximaram do carro de sua família, se dirigiram ao motorista de Pinato e disseram para que o deputado tomasse cuidado com o que estava fazendo, pois sua família era muito bonita e poderia se machucar.
O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), comunicou que vai requisitar proteção da Polícia Federal ao parlamentar em Brasília e em São Paulo. O vice-presidente do colegiado, Sandro Alex (PPS-PR), fez a denúncia das ameaças em plenário e disse que tomou a decisão para proteger o parlamentar e sua família. "Ele tem sofrido ameaças nos últimos dias, principalmente nesta semana", contou Sandro Alex.
O vice-presidente do Conselho disse que não podia se calar diante da gravidade dos fatos.