O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse a jornalistas nesta quinta-feira que se sente confortável no governo. "Eu estou tranquilo. O importante são as políticas, fazer as coisas para acabar a obra", afirmou, destacando que o Brasil está em um momento de transição para enfrentar a nova realidade global.
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Lula nega pressão por Meirelles na FazendaLula diz que corrupção na Petrobras foi susto para ele e para o mundoEm entrevista, Lula diz que Levy é um problema de DilmaTemos que ajudar Dilma a sair da 'situação que a oposição nos colocou', diz Lula"Todo mundo dizia que não ia ter aeroporto. O governo tomou as decisões, fez as concessões, passou uns meses em obra. Hoje, olha os aeroportos que o Brasil tem. Então é assim, hoje a gente trabalha, está nas obras, tem um bom arquiteto. No final vai ficar bacana", disse Levy. "Toda vez que você conserta as coisas e está em obra as coisas parecem bastante difíceis", disse.
Questionado sobre a declaração de Lula nesta quarta-feira, de que Levy é "problema da presidente Dilma Rousseff", o ministro disse que vê a fala com "naturalidade".
Perguntado se se sente confortável no governo, o ministro disse que "sim".
Congresso
O ministro afirmou ainda que o Congresso deu uma "sinalização extraordinária" esta semana, ao votar temas importantes e apontando possível solução para o orçamento do ano que vem.
Questionado sobre a alta da inflação, que superou os 10% este mês, Levy disse que a principal fonte de inflação no Brasil tem a ver com a área de serviços.
Levy disse que é preciso tomar medidas também para ter estabilidade do câmbio e a garantir a volta da confiança, uma vez que a questão fiscal seja resolvida. "Aí acho que a gente vai ver resultados importantes na área da inflação. O Banco Central está trabalhando forte para a gente alcançar isso", afirmou aos jornalistas.
Para Levy, não adianta insistir em velhas fórmulas para fazer a economia retomar o crescimento. "A solução tem que ser mais ambiciosa, não adianta voltar com os mesmos remédios", disse, ressaltando que a presidente Dilma Rousseff já declarou que medidas tomadas anteriormente se esgotaram. "Tem que ter coragem, continuar trabalhando e não adianta tentar atalhos sem imaginação."
Se o orçamento já tivesse sido aprovado, a melhora do ambiente econômico se daria em ritmo mais rápido, afirmou o ministro. "O Orçamento está avançando, aí a gente vai ter mais uns mesezinhos até a gente poder tirar todos os andaimes e tapumes e a gente vê como pode ser este novo Brasil, mais competitivo, com mais concorrência, com empresas mais produtivas."
Levy participou de uma reunião fechada com investidores e analistas em um evento promovido pelo Bradesco BBI, em Nova York, que reúne 68 empresas brasileiras e tem a participação de investidores institucionais dos Estados Unidos, Ásia, Brasil e Europa. Entre as empresas participantes estão a Vale, Cyrela, Klabin, Braskem e Sabesp.
"O evento juntou mais de 70 CEOs e investidores que estão interessados no Brasil, continuam interessados, porque sabem que o Brasil é sempre uma boa pedida", afirmou o ministro. Perguntado sobre se o Brasil está barato, Levy disse que o "Brasil está bom." "O Brasil está interessante, está com upside" disse..