O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou na tarde desta quinta-feira que a oposição "não tem pressa" em retirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto. Ele referia-se à possibilidade de que um eventual processo de impeachment da petista seja discutido apenas em 2016, diante do enfraquecimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
“Pode ser que, nesse primeiro momento, em razão até mesmo das denúncias em relação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, ele tenha perdido parte da condição de conduzir esse processo. Mas nada que fez o governo nos permitiu superar o principal, que é a crise econômica”, afirmou o senador, que esteve no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), em Belo Horizonte, para fazer cadastramento biométrico.
Na tarde de hoje, o parlamentar disse que todos os pedidos de afastamento da presidente serão analisados ainda este ano.
Segundo o tucano, uma “tempestade perfeita” está sendo armada para o ano que vem com os indicadores como alta de inflação e desemprego e, enquanto Dilma não for capaz de retirar o país desse cenário, o mandato dela estará em risco.
Aécio também aposta em uma investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para enquadrar a presidente em crime eleitoral, o que também lhe tiraria o mandato. “O TSE poderá apontar outros indícios de fraude. Não temos pressa, nosso papel é garantir que as instituições funcionem”, afirmou.
Aécio apontou um “esforço enorme” da presidente, com a distribuição de cargos entre aliados como fator que lhe deu uma sobrevida, com o adiamento do impeachment e as votações da pauta bomba que conseguiu .