Rio - A convenção em que o PMDB do Rio escolherá seu novo diretório regional virou ato de desagravo ao pré-candidato do partido à prefeitura, Pedro Paulo Carvalho. Contra ele, que é secretário-executivo de governo da prefeitura do Rio e tem apoio do prefeito Eduardo Paes para sucessão, pesam três boletins de ocorrência registrados na polícia: dois por agressão e um por ameaça.
"O partido está unido. É isso que alarma nossos aniversários. Temos olhado a forma de fazer política deles, alguns já derrotados pelo governador (Luiz Fernando) Pezão na última eleição", afirmou o presidente regional do PMDB e da Assembleia, Jorge Picciani. Ele anunciou Pedro Paulo como "aquele que irá suceder Paes".
Outro que defendeu Pedro Paulo foi o secretário estadual de governo, Paulo Melo - um adversário interno de Picciani no partido. "O PMDB do Rio é um partido de paz, com coragem para a guerra. Vamos defender o nosso candidato!", bradou.
Além de Paes e Pezão, participa da convenção o ex-governador Sérgio Cabral. O líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, não compareceu.
Outro ausente, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi timidamente defendido pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera. "Cunha conhece bem a Câmara e sabe se sustentar. Torço para que ele prove o que está falando", afirmou Pansera, deputado federal em primeiro mandato.
Pansera classificou como "tensa" a sessão da Câmara federal de quinta feira (19). A reunião foi marcada por manobras de Cunha para tentar evitar a reunião da Comissão de Ética que começaria a examinar o seu processo. "Mas a verdade é que tenho convivido pouco com a Câmara. Até para que não confundam meu papel no Executivo", disse Pansera.