O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse não ser favorável ou contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas defende que se cumpra a Constituição. O tucano negou ser contra o afastamento de Dilma para favorecer sua candidatura presidencial em 2018 - o impeachment em tese favoreceria o senador Aécio Neves (MG), seu rival interno. E mais, Alckmin disse que a tese do impeachment não se enfraqueceu, apenas mudou de data.
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Dilma honesta
Como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin também expressou ter uma "impressão pessoal de seriedade" da presidente Dilma, mas destacou a que isso não descarta que possa ter havido crime de responsabilidade na gestão da petista. "Crime de responsabilidade não é que pessoa foi e colocou o dinheiro no bolso", argumentou.
Ele defendeu que se investigue e que se julgue os indícios contra a presidente e afirmou que o mais importante é que haja decisões rápidas, seja no processo das contas no Tribunal de Contas da União (TCU), da campanha por suspeita de abuso de poder político e econômico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou do impeachment no Congresso Nacional. "O País não aguenta ficar mais um ano parado, a economia não resiste a isso", disse Alckmin..