O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira que a oposição não tem número suficiente para impedir que a Casa realize sessões e vote os projetos incluídos na pauta. A oposição ameaça obstruir as sessões para forçar Cunha a se afastar da presidência da Câmara por causa das denúncias contra ele e das investigações de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha fala sobre a pauta de votação da casa (Wilson Dias/Agência Brasil)
Leia Mais
'Se ele tivesse visão de Brasil, renunciaria', diz FHC sobre CunhaGilmar Mendes: STF não terá tempo apreciar denúncia contra Cunha em 2015Vice-líder do governo na Câmara nega pressão do Planalto para blindar CunhaManifestações em cidades brasileiras pedem saída de Cunha“Eles já obstruem as votações. Juntos, eles não têm número suficiente para que a Casa pare de trabalhar. Não tem nenhum problema . A Casa vai funcionar. Quem estiver em obstrução, terá de marcar obstrução em plenário”, afirmou Eduardo Cunha.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) informou que amanhã (24), às 12 horas, líderes de partidos de oposição vão se reunir na liderança do PPS, afim de traçar estratégias para forçar o presidente da Câmara a deixar o cargo. De acordo com Ivan Valente, Cunha usa o cargo para dificultar o andamento do processo contra ele no Conselho de Ética.
Cunha acrescentou que já está “habituado” com as ações de alguns partidos da oposição contra ele e afirmou que cada um tem o direito de fazer seus protestos.
O presidente da Câmara disse ainda que não tem de avaliar apoio da oposição. Lembrou que os partidos de oposição tiveram candidatos à presidência da Casa e que não votaram nele. Segundo Cunha, não há diferença na campanha contra ele. “Estou vendo a mesma campanha, dos mesmos adversários. Nada mudou.”
Em relação ao parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que pede o prosseguimento das investigações, Eduardo Cunha adiantou que o parecer deverá ser lido amanhã (24), duratne a reunião do Conselho de Ética, marcada para o inicio da tarde.
Conforme Eduardo Cunha, na semana passada, quando o parecer seria lido, ocorreram alguns equívocos, entre eles a convocação da reunião no horário da sessão da Câmara. Segundo ele, seus advogados questionarão e recorrerão das medidas que ferirem seu direito de defesa.
Agência Brasil .