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Estado de Minas

Ex-servidor acusa prefeito de Buenópolis de demiti-lo por ter se filiado à oposição

Segundo o homem, em uma reunião na casa de José Alves (PP), a permanência na função teria sido condicionada à filiação em uma legenda da base de governo


postado em 24/11/2015 08:53 / atualizado em 24/11/2015 09:22

O prefeito de Buenópolis, José Alves (PP), está sendo acusado por um funcionário da prefeitura de demiti-lo por questões partidárias. O servidor que foi exonerado no início do mês de novembro alega que foi procurado pelo líder do Executivo municipal e pelo vice dele, José Maria Nadú Teixeira (PTdoB), após ter se filiado a um partido que faz oposição à gestão de Alves. Em conversa entre os três a permanência no cargo teria sido condicionada à desfiliação. “Ele [o prefeito] me chamou na casa dele e me pediu para mudar de partido. Ele disse que se eu não mudasse não teria como me deixar no cargo. Ou eu passava para um partido da base de governo ou perderia o cargo”, contou Adilson do Divino Silva, 23 anos, que trabalhava como recepcionista em uma das unidades de saúde da cidade. Na última sexta-feira a Câmara do município, localizado na Região Central de Minas, instaurou uma comissão especial para investigar a denúncia. O prefeito nega as acusações.

A denúncia foi protocolada no Ministério Público e na delegacia da Polícia Civil que ainda não se pronunciaram sobre a questão. Ainda de acordo com Adilson, o prefeito disse que o cargo não poderia ser ocupado por adversários já que a função “era fonte de voto”.

José Alves nega que tenha condicionado a permanência no cargo à preferência partidária do então servidor. Alves confirma que esteve com Adilson e com o vice, mas que a conversa teria sido mal interpretada e que “em nenhum momento faz essa exigência”. “A mudança ocorreu por que já existia um cadastro de reserva para a função. Ele [Adilson] estava ocioso, houve um aumento da demanda, mas que acabou caindo. Então a secretaria de Saúde conversou com ele e disse que um funcionário concursado passaria a ocupar o cargo. Ele disse que entendeu e depois apareceu com essa conversa”, afirmou o prefeito. Alves ainda disse que essas denúncias fazem parte de uma estratégia de opositores de seu governo. “Como não encontraram nenhuma irregularidade inventaram essa”.

Nesta terça-feira, a comissão especial da Câmara fará sua primeira reunião. Segundo o relator, vereador Edmar Pereira de Amorim (PT), a primeira medida será convocar todos os envolvidos para prestarem depoimento. A expectativa dele é que o relatório seja feito o mais breve possível. “As denúncias são graves. Existe uma gravação que compromete o prefeito, mas vamos aguardar o que ele tem a dizer”, disse o parlamentar que é da oposição.

Em uma eventual condenação, José Alves e o vice podem ter o mandato cassado.


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