A Polícia Federal em Minas Gerais deflagrou nesta terça-feira a “Operação Tyrannos”, que desbaratou uma organização criminosa responsável por desvios no programa “Minha Casa, Minha Vida” em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira.
Executores do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) são investigados por integrarem uma organização criminosa que teria praticado diversos crimes contra a administração pública, incluindo superfaturamento milionário em obras das unidades habitacionais destinadas à população da área rural.
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Aécio diz que Dilma virou 'mera inauguradora do Minha Casa, Minha Vida'Fies, Pronatec, PAC e Minha casa, minha vida sofreram queda nas verbas Procuradoria denuncia 'G7' por fraude no Minha Casa, Minha Vida no AcrePrograma minha casa, minha vida rural é suspenso em 28 municípios mineirosMP denuncia 19 pessoas por fraudes no Minha Casa Minha VidaNova fase do Minha Casa é exclusiva para rendas entre R$ 3,6 e R$ 6,5 milEstão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária, 19 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, todos expedidos pela Subseção Judiciária de Manhuaçu, com a participação do MPF da mesma cidade. Cerca de 100 servidores federais estão cumprindo os mandados nas cidades mineiras de Durandé, Martins Soares, Governador Valadares, Belo Horizonte, além de Manhuaçu, e em Santa Gertrudes, em São Paulo.
Os desvios apurados já ultrapassam R$ 1,6 milhão apenas em Martins Soares e Durandé. Em pouco mais de cinco anos, a organização criminosa teria celebrado contratos totalizando mais de R$ 56 milhões para executar o PNHR em aproximadamente 25 municípios. A investigação criminal contou com o apoio da Controladoria-Geral da União.
Os investigados responderão por peculato, falso testemunho, fraude processual, estelionato, ordenamento de despesa não autorizada, falsificação de documentos e organização criminosa, podendo alguns cumprir até 22 anos de prisão..