Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira que sua defesa deverá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e ao Supremo Tribunal Federal (STF), questionando o processo contra ele no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. O peemedebista classificou a representação protocolada pelo Psol e Rede como "absolutamente pífia" e fruto de um processo "político".
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Presidente do Conselho de Ética rejeita pedido de suspeição de relatorAdvogado de Cunha pede substituição de relator no Conselho de ÉticaRelator do caso Cunha no Conselho de Ética se emociona com apoio de parlamentaresDecisão da CCJ sobre recurso contra decisão do Conselho de Ética fica para 2016Oposição promete ação conjunta contra Cunha na PGRO presidente da Câmara afirmou ainda que não assistiu à reunião do Conselho de Ética da tarde desta terça e que delegou a seu advogado comandar toda sua defesa na sessão. O peemedebista disse não ter dúvida nenhuma de que o relator do processo contra ele, Fausto Pinato (PRB-SP), está sob suspeição e afirmou que sua defesa entrará com recurso para questionar a manutenção do deputado no posto, estabelecida pelo presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).
Cunha voltou a dizer também que não há "qualquer hipótese" de renunciar ou se afastar do cargo, mesmo que temporariamente.
"Estou absolutamente tranquilo", afirmou Cunha ao ser questionado se teme ter o mandato cassado. "Estou tranquilo em relação a tudo", frisou, diante da insistência dos jornalistas.
O presidente da Câmara voltou a negar que tenha feito acordo com o governo ou com o PT para obter apoio à sua permanência no cargo em troca da não deflagração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa. "Não participo de nenhum acordo. (...) Propagaram uma mentira", disse..