Brasília - O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, afirmou que os investimentos da área que comanda serão interrompidos caso o Congresso não aprove a alteração da meta fiscal, em sessão conjunta da Câmara e do Senado marcada para esta noite.
O Palácio do Planalto montou uma operação para garantir a presença dos parlamentares da base aliada para aprovar esta semana a mudança da meta fiscal de 2015. A batalha na votação será tamanha que alguns integrantes do governo esperam votar a proposta no Congresso após dois dias de embates.
A mudança autoriza o governo a ter um déficit de até R$ 119,9 bilhões neste ano. A meta inicial era fechar o ano com as contas públicas superavitárias em R$ 55,3 bilhões. Devido à frustração de recursos, o governo foi obrigado a revisar a meta.
"Espero que o Congresso aprove a alteração na meta e, mais do que isso, garanta receita para o ano que vem, para que a gente possa continuar investindo na Educação", afirmou Mercadante.
Durante a instalação do fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do ensino público, o ministro também defendeu a volta da CPMF.
"Nesse momento é indispensável que esse imposto, mesmo que temporariamente, volte ao Brasil", afirmou. Segundo o ministro, o País deve fazer um sacrifício para melhorar a receita. "Com isso, eu acho que tanto para os prefeitos, quanto para os governadores, como para o governo federal, nós teremos melhor educação e mais avanços na saúde."