Em sessão extraordinária com ministros da 2ª turma do Supremo Tribunal Federal, na manhã desta quarta-feira (25/11), o ministro relator da Operação Lava-Jato no STF, Teori Zavascki, explicou os motivos de ter autorizado a prisão preventiva do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). De acordo com Zavascki, o líder do governo no Senado estaria obstruindo as investigações e teria oferecido dinheiro para a família de Nestor Cerveró.
Segundo Zavascki, Delcídio teria apresentado uma rota de fuga a Cerveró pelo Paraguai. De lá, um jatinho o levaria para a Espanha. A decisão em relação a prisão de Delcídio foi monocrática de Teori, mas referendada por toda turma. "Os graves fatos narrados não deixam dúvidas que o assessor Dogo ferreira e o advogado Edson Ribeiro integram uma organização criminosa investigada no âmbito da Operação Lava-Jato", afirou o ministro Zavascki.
A Constituição Federal dá imunidade prisional a parlamentares, a não ser que a prisão seja em flagrante. O parágrafo 2º, artigo 53 da Constituição determina que "desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável."