São Paulo - O advogado Edson Ribeiro, preso nesta quarta-feira na Operação Lava-Jato defendia o ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró desde o início das investigações. O criminalista é responsável pela defesa de Cerveró nos autos da Lava-Jato na 1ª instância, no Paraná.
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Senador petista teria oferecido R$ 50 mil e rota de fuga para CerveróZavascki cita 'atuação concreta' de Delcídio para evitar delação de CerveróDelcídio ofereceu rota de fuga e mesada de R$ 50 mil à família de CerveróMoro dá três dias para defesa de Vaccari substituir DelcídioJustiça manda soltar ex-gerente da Petrobras e doleiro presos na Lava-JatoTeori inclui nome de advogado de Cerveró em lista vermelha da Interpol"Enquanto eu for advogado de Nestor Cerveró, não haverá delação premiada. Não tenho nada contra, mas eu sou contra a utilização de prisões preventivas para a obtenção de delação. É um método antidemocrático", disse Ribeiro após uma das condenações de Cerveró na Lava-Jato.
Para o advogado, as prisões preventivas da Lava-Jato tinham como objetivo obter delações premiadas. Em um dos processos, o juiz federal Sérgio Moro impôs a Cerveró 12 anos e 3 meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro por recebimento de propina em cima de contratos de navios-sonda da Petrobras. Em outra ação, o ex-diretor foi condenado a cinco anos de detenção pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo em Ipanema, no Rio.
Em maio deste ano, Moro, que conduz as ações da Operação Lava-Jato na primeira instância, aplicou multa de 55 salários mínimos (R$ 43.340) ao advogado Edson Ribeiro, por "abandono" de um dos processos que o ex-diretor respondia.
Moro havia dado um prazo para que a defesa do ex-diretor apresentasse suas alegações finais nos autos em que Cerveró havia sido denunciado por lavagem de dinheiro na compra via offshore uruguaia de uma cobertura de R$ 7,5 milhões em Ipanema, no Rio.
"O abandono ocorre em processo, com acusado preso, retardando o julgamento, isso após intimação pessoal, e aparentemente faz parte de uma estratégia processual reprovável", assinalou o juiz da Lava-Jato à época.
A reportagem ligou na manhã desta quarta-feira para o escritório de Edson Ribeiro. Um homem que se disse funcionário do advogado afirmou que não poderia se manifestar sobre a prisão do criminalista..