O senador do PT e líder de governo, Delcídio do Amaral (MS), deverá ficar na sala de Estado Maior da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. O parlamentar, preso na manhã desta quarta-feira (25/11) por atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, não deve ir para o Complexo Penitenciário da Papuda.
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PF prende senador do PT Delcídio AmaralAlém de Delcídio, PF prende o banqueiro André Esteves, presidente do BTG PactualPela Constituição, Senado terá de decidir sobre a prisão de Delcídio AmaralGravações confirmam que Delcídio Amaral traçou rota de fuga e ofereceu mesada a CerveróBovespa recua com prisão de senador Delcídio Amaral na operação Lava-JatoA decisão sobre a prisão do líder de governo cabe ao plenário do Senado. De acordo com a Constituição Federal, desde a expedição do diploma, deputados federais e senadores não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Mais cedo, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou, com cinco votos a zero, pela prisão do parlamentar.
Nesses casos, os autos serão remetidos no prazo de 24 horas à Casa Legislativa respectiva - no caso de Delcídio, o Senado - para que, por voto da maioria dos membros, seja resolvida a prisão. Caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), outro alvo da Operação Lava-Jato, conduzir a sessão que decidirá o futuro de Delcídio.
PRISÕES Na ação de hoje também foram presos o dono do banco BTG Pactual, André Esteves, no Rio de Janeiro e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, em Brasília.
Delcídio foi citado na delação do lobista Fernando Baiano, apontado pela Lava-Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Baiano disse que o senador teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos..