Em reunião na manhã desta quarta-feira a bancada de senadores petistas achou mais prudente soltar nota sobre a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), após ter acesso aos autos. De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem ficou o receio de que as provas e gravações de conversas do senador sejam muito contundentes e acabem deixando a bancada em uma saia justa.
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É necessário manter a separação de Poderes, diz Renan ao comentar sobre DelcídioOposição quer manutenção da prisão de Delcídio e defende votação aberta no SenadoEm conversa com filho de Cerveró, Delcídio cita influência sobre ministros do STFPT optou por só soltar nota após ter acesso aos autos sobre a prisão de DelcídioPPS da Câmara pede que Senado mantenha prisão de DelcídioPF confirma prisão do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral'Na hora que sair, tem que ir embora mesmo', diz Delcídio sobre CerveróA 2ª Turma do STF referendou, por unanimidade, a decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, de prender Delcídio e o banqueiro André Esteves. De acordo com as investigações, os dois estariam atuando para impedir uma delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e, ainda, facilitar sua fuga do Brasil.
Na reunião da bancada, os petistas se mostraram assustados com a forma como a prisão foi feita. Para o senador Paulo Rocha (PA), não pode se perpetuar o método, segundo ele, adotado pela Lava Jato. "Somos a favor das investigações e do funcionamento das instituições, mas não se pode usar esses métodos, de prender primeiro e só depois condenar", afirmou. Segundo ele, a posição do partido para qualquer é se assegure, primeiro, o direito à defesa.
Para reforçar a desaprovação da bancada sobre a forma como a prisão foi feita, petistas votarão pelo relaxamento da prisão no momento em que a decisão tiver de ser tomada pelo Senado. Paulo Rocha explicou que, "mesmo que tenha cometido erros individuais", Delcídio Amaral terá o apoio da bancada para se defender..