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Estado de Minas

Cerveró teria dito em delação que Dilma sabia de tudo sobre compra de Pasadena

A afirmação teria sido feita em minuta da delação do ex-diretor da Petrobras que o senador Delcídio Amaral(PT) leu em conversa flagrada pela Polícia Federal


postado em 25/11/2015 17:14 / atualizado em 25/11/2015 17:35

No que seria sua delação premiada o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, teria afirmado que a presidente Dilma Rousseff sabia das movimentações da refinaria de Pesadena e o cobrava diretamente sobre as movimentações. A informação veio a público no trecho da conversa do senador Delcídio Amaral(PT) com o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e com o filho do ex-diretor, Bernardo.

Na conversa, ele cita trecho da minuta da delação de Cerveró que ele teria acesso. O Senador ainda cita que parte do texto em que Cerveró teria dito que Dilma “acompanhava tudo de perto”. Por enquanto, a delação do ex-diretor não foi homologada pela Justiça.

O negócio foi aprovado pelo conselho de administração da estatal brasileira, à época presidido pela então ministra-chefe da Casa Civil, a hoje presidente da República Dilma Rousseff. Dilma diz que só aprovou a compra porque o conselho recebeu um resumo técnico "falho" e "incompleto" sobre a aquisição.

Leia o trecho da conversa


DELCÍDIO: Aí, por exemplo, no tópico da Dilma...

EDSON: E aqui...

DELCÍDIO: Ele complementa...

EDSON: Olha aqui.

DELCÍDIO: Então ele bota assim, a Dilma sabia de todos os movimentos de Passadena.

EDSON: E esse aqui?

EDSON: Como quem... depois aqui embaixo..

EDSON: É teu?

BERNARDO:
É. Isso é meu.

DIOGO: Deixa eu ver.

DELCÍDIO: Esse aqui é...

DIOGO: É dele.

EDSON: Não, mas não é essa daquei não. É uma letra, é uma letra corrida

DELCÍDIO: letra de forma eu guardaria

DELCÍDIO: Ah ah, eu presumo...

EDSON: Isso é tudo maravilhoso. (Se fudendo) é ótimo.

DELCÍDIO: Não, mas não é essa letra de forma não é não.

BERNARDO: Mas é o que você falou. Isso tá com confidencialidade e e e não foi essa tanto que tá minha (...)

EDSON: É, Essa é dele

BERNARDO: É dele. É dele

EDSON: Estudou com o Collor

DELCÍDIO: Eu só sei o seguinte. Vamos lá.

DELCÍDIO: Edson, talvez seja uma anotação Ele num. Ele é... É uma letra por extenso. 

EDSON: Não escreve por letra de forma não?

BERNARDO: Não, escreve por extenso ele.

DELCÍDIO: Mas o Edson, pra gente liberar só a... só a... Mas o que, o que me chamou atenção foi aquele documento digitado mas com anotações

EDSON: Esse tem anotações também, agora, né?

BERNARDO: Pode ter sido na cela

DELCÍDIO: Aí por exemplo, no caso da Dilma, ele disse: A Dilma sabia de tudo de Passadena. Ela me cobrava diretamente. “Pa Pa Pa”. Fiz várias reuniões

EDSON: Fez (duas)

DELCÍDIO: Não entendi

BERNARDO: Quer dizer é sigla né? (Vozes Sobrepostas) uma letra por extenso. E é uma cópia não é as

sim azul. É preto.

EDSON: Mas é cópia. Isso é cópia então.

DELCÍDIO: Aí ele fala da Dilma. Dizendo que: a Dilma acompanhava tudo de perto. Papapa Papapa Papapa...

EDSON: Esse tal de “donguinho” Essa letra é dele?

BERNARDO: Essa letra é minha mas éeeeh, porque ele me corrigiu... Isso aí nem sei quem é.

EDSON: Isso aí...

DELCÍDIO: É, é, é, mas isso... pois é, mas isso você já tinha me perguntado. Mas não é essa letra não.

EDSON: Não essa letra é dele.

DELCÍDIO: Não é essa letra não. Tenho certeza que não é.

EDSON : Ver se eu acho aqui porque porra tem que tá aqui dele que ele tenha guardado lá. É a única razão

EDSON: Bicho eu não sei. Eu sempre tive

EDSON

BERNARDO: Sim! Ele ficou com muito papel, muito caderno, muita...

EDSON: Só se tem gente pegando coisa dele

EDSON:


BERNARDO: Não, mas isso a gente já sabia desse risco. A gente tentou evitar : Tem nada aqui não só tem essa.

BERNARDO: Mas agora, é.. não serve como prova.


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