Brasília, 25 - Pouco antes do início da votação no plenário do Senado que definiria se a decisão sobre prisão do senado Delcídio Amaral (PT-MS) seria secreta ou aberta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, encaminhou parecer a favor da votação aberta. A decisão foi comunicada pela assessoria do ministro antes dos senadores tomarem partido e influenciou a decisão dos parlamentares.
Logo em seguida, apenas o PT orientou a bancada a exigir o voto secreto. Demais partidos da base, como PDT e PMDB, não se comprometeram e liberaram as bancadas.
Fachin respondia ao mandado de segurança protocolado por parlamentares da oposição nesta tarde, pedindo que a votação fosse aberta. Os senadores temiam articulação do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se colocou a favor da votação secreta, amparando-se em regimento do Senado Federal. Os demais senadores, entretanto, argumentavam que a Constituição não previa votação fechada.
Pouco antes desta votação, senadores criticaram a nota divulgada pelo PT, em que o partido disse "não se julgar obrigado a qualquer gesto de solidariedade ao senador Delcídio Amaral". Até mesmo o senador de oposição, Aloysio Nunes, saiu em defesa de Delcídio. "Espero que o senador Delcídio Amaral possa, em sua defesa, demonstrar a sua inocência ou, melhor, que a Promotoria não consiga mostrar a sua culpa", afirmou..