O presidente do PT-SP, Emídio de Souza, afirmou na manhã desta quinta-feira, 24, que pessoalmente não teme nada que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) possa vir a falar caso venha a se sentir que abandonado pela legenda. "Ele foi filiado, candidato a governador, senador, ocupou cargos antes de estar no PT. Não tenho temor nenhum do que ele possa falar. E, se vier a falar e tiver alguma prova, que se apure", disse.
Apesar da declaração e de ter dito ser pessoalmente favorável à expulsão de Delcídio do partido, Emídio admitiu que a prisão dele é preocupante para o governo. "O prejuízo ao governo é evidente, ele é líder do governo, homem de confiança do governo, é o principal articulador político no Senado dos interesses do governo. Agora, o governo não tem nada a ver com o que ele fez, a atitude dele é outra coisa, ele tem que responder por isso."
Emídio comentou também a posição de senadores do PSDB que demonstraram solidariedade a Delcídio no plenário na noite desta quarta-feira - Aloysio Nunes (SP) chegou a dizer que não gostaria de ver nada provado contra o senador, que já foi filiado ao PSDB. "Também não gostaria de ver provado nada, gostaria que isso tudo fosse mentira, mas o PSDB não tem autoridade nenhuma para falar disso", afirmou, destacando que também foi preso ontem o banqueiro André Esteves, amigo e "patrocinador", segundo ele, do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.