A dificuldade financeira enfrentada pelo governo de Minas corresponde a um deficit consolidado de R$ 3 bilhões. O valor refere-se apenas ao que foi apurado até o segundo quadrimestre deste ano. O número foi apresentado nesta quinta-feira pelo subsecretário de Planejamento, Orçamento e Qualidade no Gasto, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Ricardo Lopes Martins, em reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O principal impactante nesse valor são despesas com pessoal.
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Relatório do Orçamento de 2016 prevê arrecadação R$ 166,2 bi maior do que em 2015Cortes no Orçamento da União desaceleram obras de infraestrutura em Minas Secretários e deputados de Minas trocam acusações em reunião para discutir orçamentoOrçamento de Minas para 2015 é aprovado com rombo de R$ 7 biGoverno de Minas prevê rombo de R$ 8 bilhões nas contas públicas de 2017Com previsão de déficit de R$ 8,5 bilhões, comissão da Assembleia aprova orçamento de 2017 Pimentel anuncia que servidores de Minas receberão 13º em parcela única CMO aprova inclusão da CPMF no relatório de receita do Orçamento de 2016A queda do repasse da União para o estado também apareceu no diagnóstico feito por Ricardo Lopes. Para tentar amenizar o impacto no orçamento de 2016, o governo está realizando auditoria das despesas e monitorando os gastos, segundo ele. A previsão é de um déficit orçamentário de R$ 8,9 bilhões no próximo ano. A projeção está no Projeto de Lei Orçamentária Anual, que estima as receitas e fixas as despesas do Estado para o exercício de 2016. Com três meses de atraso, os deputados estaduais aprovaram em março o orçamento deste ano com um déficit previstio de R$ 7.273.206.020.
Os parlamentares, principalmente da oposição, criticaram o quadro e apontaram tendência de piora das contas. “Não acredito que o 13º salário seja pago em dia e que o piso salarial da Educação seja cumprido”, comentou o presidente da comissão, deputado Felipe Attiê (PP).
Já o líder do governo alertou que o governo do estado herdou deficit da administração anterior, mas garantiu que salários e o 13° serão pagos. “Ao longo dos anos não houve investimento em modelo alternativo de economia. Hoje, sem a mineração, por exemplo, Minas Gerais seria um dos estados mais pobres do País. Somos dependentes de commodities, portanto sujeitos às variações da conjuntura internacional”, explicou.