Um documento encontrado durante as buscas da Polícia Federal na casa do chefe de gabinete do Senador Delcídio do Amaral, Diogo Ferreira, sugere que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), recebeu R$ 45 milhões do Banco BTG Pactual, do qual André Esteves é sócio, em troca de uma mudança em emenda.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a informação constou do pedido da Procuradoria-Geral da República para que o Supremo Tribunal Federal convertesse a prisão de Esteves e de Diogo Ferreira, chefe de gabiente de Delcídio, de temporária para preventiva. A solicitação foi aceita pelo ministro Teori Zavascki neste domingo.

Segundo a Folha, o texto da Procuradoria-Geral da República inclui a seguinte informação: "Em troca de uma emenda à Medida Provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões."

Pelo Twitter, Cunha afirmou que as anotações são "absurdas e mentirosas" e que tal relato seria falso. "É um verdadeiro absurdo e parece até armação aparecer uma anotação com uma pessoa que não conheço citando coisas inexistentes", comentou na rede social.

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