(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Campanha pede que presidente do TCU não seja reeleito

O ministro Aroldo Cedraz está na mira de uma sindicância interna que investiga suspeita de tráfico de influência envolvendo o filho dele, o advogado Tiago Cedraz


postado em 30/11/2015 10:07 / atualizado em 30/11/2015 09:24

Aroldo Cedraz poderá ser reeleito na próxima quarta-feira (2) presidente do Tribunal de Contas da União(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
Aroldo Cedraz poderá ser reeleito na próxima quarta-feira (2) presidente do Tribunal de Contas da União (foto: Valter Campanato/Agência Brasil )

Brasília - O Ministério Público de Contas e os auditores do Tribunal de Contas da União fazem uma campanha nas redes sociais para evitar que o ministro Aroldo Cedraz seja reeleito presidente da corte, na próxima quarta-feira, 2. O ministro está na mira de uma sindicância interna que investiga suspeita de tráfico de influência envolvendo seu filho, o advogado Tiago Cedraz, cujo escritório já atuou em processos no tribunal de contas.

Tiago passou a ser investigado na Operação Lava-Jato após o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, afirmar em delação premiada que pagou R$ 1 milhão para que ele atuasse a seu favor no TCU. Pessoa disse também que pagava R$ 50 mil por mês a Tiago para obter informações privilegiadas do tribunal.

A investigação está no Supremo Tribunal Federal porque Pessoa disse que o dinheiro repassado a Tiago pode ter sido usado para pagar o ministro Raimundo Carreiro, que tem foro privilegiado como integrante do TCU. Ele é vice-presidente da corte e pleiteia a reeleição. Tiago e Carreiro negam envolvimento em irregularidades.

"A acusação (de Pessoa) é gravíssima e põe em xeque o maior patrimônio que uma instituição como o TCU pode ter: sua credibilidade", escreveu em redes sociais o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas.

Auditora do TCU e presidente da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo, Lucieni Pereira afirmou que defende a saída de Cedraz da presidência para "blindar" o órgão. Reservadamente, ministros do TCU se dizem constrangidos. Este ano, Cedraz já fez 35 viagens custeadas pelo TCU.

Procurado, Cedraz não se pronunciou. Em nota, a corte informou que "não há postulação ou registro de chapa para eleição do presidente ou vice-presidente".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)