A Procuradoria-Geral da República afirma que o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, mentiu no depoimento que prestou após ser preso, na quarta-feira, 25, passada. Esteves negou conversa com o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), sobre a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No entanto, o senador confirmou o diálogo.
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André Esteves renuncia e Persio Arida assume presidência do Conselho do BTGSTF converte prisão temporária de André Esteves em preventivaAndré Esteves admite encontros com DelcídioAlém de Delcídio, PF prende o banqueiro André Esteves, presidente do BTG PactualEsteves é acusado de financiar a tentativa de compra do silêncio de Cerveró. Os procuradores dizem que "é no mínimo plausível"que o banqueiro tenha atuado com Fernando Soares, o Fernando Baiano, outro delator do esquema na Petrobras.
Para procuradores, se Esteves estava disposto a financiar o silêncio e até a fuga de Cerveró, ele poderia também usar sua fortuna em benefício próprio. Eles dizem que, além do BTG, o banqueiro é dono de outras instituições financeiras no Brasil e no exterior, incluindo um banco na Suíça, o BSI, comprado pelo BTG Pactual.
"Não seriam suficientes medidas cautelares diversas da prisão preventiva", afirma o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no documento em que pede a conversão da prisão. Para os investigadores, Esteves poderia interferir nas apurações mesmo em liberdade vigiada.
Assessor
Procuradores afirmam ainda que o chefe de gabinete de Delcídio do Amaral, Diogo Ferreira, também atuou para dificultar a delação premiada de Cerveró.
"Ligou o televisor do quarto de hotel de Bernardo Cerveró, de quem não era amigo íntimo, aumentou o volume e postou-se de pé, de costas para os presentes, durante a reunião, para tentar funcionar como barreira física à gravação.".