Rio - O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira, 30, o parcelamento dos salários dos servidores ativos e inativos referentes ao mês de novembro. Quem ganha até R$ 2 mil líquidos não será atingido, mas funcionários que recebem acima desse valor receberão a diferença apenas em 9 de dezembro.
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Contra atraso de salários de servidores, alunos ocupam UerjSindicato dos Auditores Fiscais critica escalonamento de saláriosSTF corta vantagens que elevam salários de servidores acima do tetoDiretor do Sindifisco diz que medida de escalonar salários é 'ato discriminatório'"A nova data estabelecida para a folha de novembro é resultado da queda na arrecadação do Estado, assim como do agravamento da crise econômica do País. O Rio de Janeiro atravessa um momento de graves dificuldades financeiras, provocadas pela forte desaceleração da economia brasileira, a queda nos preços do petróleo e a diminuição da receita com royalties", afirma o governo do Rio em comunicado oficial.
Na semana passada, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) já havia afirmado que a receita do Estado teve queda real de 16% em outubro ante o mesmo período do ano passado e que haveria adiamento de pagamentos a fornecedores para pagar pessoal. Além disso, a arrecadação com royalties deve ser R$ 6 bilhões menor do que o previsto no início deste ano.
A suspensão dos repasses a fornecedores deixou cerca de 20 mil terceirizados sem dinheiro e provocou a interrupção das aulas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A folha de pagamento de novembro representa uma despesa total de R$ 1,9 bilhão, contemplando um total de 505.806 vínculos, sendo 248.419 ativos, 166.699 inativos e 90.688 pensionistas. Mesmo que um mesmo servidor tenha mais de um vínculo, a divisão do pagamento será feita pelo vínculo.
O Rio de Janeiro não é o primeiro Estado a parcelar salários. O Rio Grande do Sul atrasou o pagamento da dívida com a União, além de também parcelar os vencimentos dos servidores vinculados ao Executivo diversas vezes este ano, devido à falta de dinheiro em caixa.
O Estado de S. Paulo..