Brasília - Preso desde a última quarta-feira, 25, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tem demonstrado contrariedade com o fato de estar sendo "abandonado" pelas principais lideranças do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, com quem convivia até a semana passada.
O petista, detido numa sala adaptada na sede da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, tem recebido quase que diariamente advogados que o defendem no Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes do gabinete, com quem tem conversado nos momentos que dispõe para o "banho de sol".
Os assessores têm mantido o petista informado sobre os desdobramentos do caso no Supremo e na imprensa. As conversas são acompanhadas à distância por um dos agentes da PF, responsável pela vigilância do senador.
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Apesar do afastamento dos "colegas", o senador até aqui não tem falado sobre uma possível realização de delação premiada. Tal possibilidade também não teria sido colocada por nenhum representante do Ministério Público Federal ou do Judiciário. Apesar dos ataques públicos do presidente do PT, Rui Falcão, contra Delcídio, o isolamento dele, por outro lado, tem dividido integrantes da bancada do PT no Senado, que realizaram um encontro ontem para discutir, entre outros temas, o posicionamento que deverá ser adotado pela bancada.
Parte dos petistas do Senado defendem que Delcídio não seja jogado "ao mar" neste momento e lembram que integrantes da bancada chegaram a visitar, no presídio da Papuda em Brasília, lideranças do partido presas após o julgamento do mensalão. Entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu..