O pecuarista José Carlos Bumlai cumpriu a promessa e está seguindo orientação de seus advogados para não responder às perguntas feitas por membros da CPI do BNDES da Câmara durante sessão nesta terça-feira, 1. O silêncio do empresário já provocou reação de alguns integrantes do colegiado.
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Em CPI, Bumlai deve ser questionado sobre relação com LulaTerrenos no ABC paulista ligam Bumlai a fornecedor de campanha do PTMara Gabrili pede que Bumlai esclareça morte do ex-prefeito Celso DanielA única fala do empresário aconteceu no início da sessão, quando ele pediu "compreensão" dos membros da CPI. Visivelmente nervoso, ele afirmou que estava disposto a responder as perguntas no último dia 24 de outubro, na condição de testemunha, mas, após ser preso na semana passada e passar à condição de investigado, não poderá falar.
Lamentável e covarde
Um dos membros que já fez questionamentos a Bumlai, o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) subiu o tom e classificou como "lamentável" o fato de o pecuarista ter vindo de Curitiba, onde está preso, para Brasília, e ficar calado. "O senhor se recusou a responder até quantas empresas têm. O que isso vai atrapalhar nas investigações?", questionou.
O parlamentar acusou Bumlai de ser uma atitude "covarde" e "antipatriótica" ao permanecer calado. "O senhor apostou a vida inteira na impunidade porque era amigo de autoridade", disparou o deputado do PPS. "Seu silêncio, do ponto de vista moral, é ensurdecedor", emendou Jordy.
Bumlai está na CPI munido de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer calado durante a oitiva.