Brasília - O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deu por volta das 14h15 desta quarta-feira interpretação favorável ao governo que permitirá a votação do mérito do projeto de lei que revisa a meta fiscal de 2015 logo após o pedido feito pela oposição para inverter a pauta do plenário. O pedido de inversão era, na prática, uma tentativa de evitar a votação do projeto de lei que revisa a meta fiscal. Em resposta ao questionamento feito pelo deputado Moroni Torgan (DEM-CE), Renan disse que esse pedido feito pela oposição - que tinha uma série de outros requerimentos apresentados - valeria por todos. Se não tivesse decidido assim, o Congresso iria ter que apreciar todos os requerimentos apresentados à Mesa Diretora do Congresso. "Essa votação é definitiva", decidiu Renan.
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Oposição pede inversão de pauta para evitar votação da meta fiscal de 2015Com quórum de votação, Renan inicia discussão de projeto que revisa meta fiscalSessão do Congresso analisa mudança de meta fiscalRenan quer votar revisão da meta fiscal antes do Conselho de Ética apreciar caso CunhaCongresso decide votar meta fiscal de 2015 nesta 4.ªOs parlamentares da oposição pediram, contudo, verificação de quórum, o que forçará o registro de voto nominal de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.
Ministros
O governo acionou ministros com bom diálogo no Congresso para cobrarem diretamente o apoio das bancadas do bloco governista na votação da meta fiscal. O ministro da Ciência e Tecnologia, deputado licenciado Celso Pansera (PMDB-RJ) foi ao plenário do Senado para conversar com diversos parlamentares. Na sessão de ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), também esteve no plenário.
Assim como os peemedebistas, outros ministros ligados a partidos da base, como o titular das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, André Figueiredo (PDT) e da Integração Nacional, Gilberto Occhi (PP), também foram orientados a monitorar os parlamentares. Pansera, Figueiredo e Castro assumiram ministérios na reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff em outubro.
Os mesmos ministros se reuniram por volta das 13h com Dilma e conversaram também com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que cobrou a atuação deles na votação. De acordo com informações, Berzoini teria tentado sensibilizá-los com o argumento de que, caso a meta não seja revisada, haverá um contingenciamento em todos os ministérios..