Brasília - O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse há pouco que o PLN 5/15 é uma tentativa do governo de ocultar as marcas do crime de responsabilidade fiscal cometido ao longo do ano. “A crise no Brasil chama-se Dilma Rousseff. Ela é a responsável por tudo isso, em virtude do estelionato eleitoral, que levou o País a acreditar que estava tudo bem, quando, na verdade, ela estava mentindo ao povo brasileiro”, acusou Bueno. Por outro lado, o deputado Aliel Machado (Rede-PR) defendeu a decisão do governo de priorizar a manutenção de programas sociais mesmo em prejuízo do cumprimento da meta de superavit.
“Nos últimos anos, o superávit primário vinha sendo usado para atender a interesses dos bancos. Não que estejamos tirando os erros do governo, mas quem não pode pagar a conta é a população mais humilde”, declarou Machado, ao comemorar a manutenção de programas sociais federais, como o Minha Casa, Minha Vida.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) também defendeu a manutenção de programas sociais do governo. “Ao contrário do que a oposição está dizendo, o PLN interessa ao povo brasileiro, às pessoas simples que precisam que os três poderes funcionem até o fim do ano. Pessoas que precisam que se pague o Bolsa Família, o Luz pra Todos, o Minha Casa, Minha Vida. Esse é um momento importante para o nosso povo”, afirmou Florence.
Contrário à revisão da meta fiscal no fim do ano, o deputado Marcos Pestana (PSDB-SP) considera que o governo federal promoveu uma “balbúrdia no pátio e chama agora [o povo] para limpar”. Para ele, o ponto central é a crise fiscal, que teria sido criada pelo governo ao descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00).
“Promoveram uma anarquia fiscal; inventaram a contabilidade criativa; com uma relação incestuosa entre o Tesouro, bancos públicos e estatais; esconderam o desequilibro profundo das finanças públicas e fizeram o diabo para ganhar as eleições”, criticou Pestana. “É um presente de natal para a irresponsabilidade fiscal”, acrescentou o deputado.