Brasília - A conclusão do processo no Conselho de Ética do Senado pela perda do mandato do senador Delcídio Amaral (PT-MS) deve ocorrer apenas no próximo ano. Apoiado no regimento do colegiado, o presidente do Conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), lembra que processos anteriores não tiveram nenhum desfecho antes de transcorridos ao menos 60 dias.
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OAB defende cassação de Eduardo Cunha e de Delcídio do Amaral Presidente do PT vai defender expulsão de senador Delcídio AmaralDefesa pede revogação de prisão de Delcídio'Não nasci senador e não vou morrer senador', diz DelcídioEle deve receber nesta quarta-feira, a representação apresentada na terça-feira pela Rede e o PPS que pede a abertura de processo de cassação contra Delcídio. O senador está preso desde a última quarta-feira, 25, acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
"O presidente do Conselho é o guardião do regimento do Senado, eu não vou atropelá-lo, vou cumprir o ritual. A primeira coisa é receber a representação feita e encaminhar ao setor jurídico, o que deve ocorrer até amanhã (3).
Ligado ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), João Alberto foi um dos que votaram pela liberação de Delcídio em sessão realizada no plenário do Senado na última quinta-feira. "Eu não votei pela permanência dele na prisão. Não achei que era flagrante. E também achava que ele deveria ter tido o contraditório.