Brasília, 02 - O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira, 2, que o partido recebeu com "absoluta naturalidade" a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-MG), de deferir o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), segundo ele "ancorada naquilo que prevê a Constituição". Aécio negou que a prática seja um golpe. "Nós apoiamos a proposta do impeachment, isso não é golpe", disse ele, que foi derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014, durante a sessão do Congresso que aprovou a revisão da meta fiscal de 2015.
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Abertura de processo de impeachment ganha destaque na imprensa mundialEm decisão, Cunha diz que Dilma teve 'participação' em crime de responsabilidadeMarco Aurélio diz que Cunha não tem poder para dar andamento ao processo de impeachmentFHC diz que mercado prefere que haja impeachment de DilmaNão acredito que STF interferirá no processo legislativo interno, diz AécioAécio diz que opinião pública é quem vai definir rumos do impeachmentReações ao pedido de impeachment de Dilma dividem opiniõesAécio repetiu várias vezes que a Dilma "perdeu as condições de governar" e avaliou que caberá aos parlamentares, primeiro na Câmara, depois no Senado, "acolher o sentimento da população brasileira". O parlamentar considerou como "extremamente consistente" a peça que deu origem ao pedido de impeachment - produzida por juristas como Miguel Reale Jr., ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, e Hélio Bicudo, fundador do PT. "O que existe neste momento é o sentimento da prudência para que o processo tenha o trâmite adequado e a presidente apresente suas justificativas".
Para o senador, há um sentimento crescente na sociedade brasileira por um novo momento no Brasil, com a retomada da confiança e dos investimentos. "E a retomada terá de ser feita sem o atual governo, pois percebemos que veio perdendo as condições mínimas de nos tirar dessa crise".
O líder tucano disse ainda que o Brasil "felizmente", tem instituições que funcionam e que a solidez de órgãos da Justiça e o Congresso vão tirar o País da crise e concluiu: "Existem elementos consistentes que podem levar ao afastamento da presidente da República".
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