O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, rebateu as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a presidente Dilma Rousseff mentiu ao dizer que o Palácio do Planalto não fez barganha política com o Congresso Nacional e que quem mentiu foi o parlamentar.
Eduardo Cunha disse nesta quinta-feira que Dilma esteve nessa quarta-feira (2) com o deputado André Moura (PSC-SE) para oferecer o apoio do PT a Cunha no Conselho de Ética (onde ele enfrenta um processo) em troca da aprovação do projeto que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“Sobre a afirmação do presidente da Câmara, ele é que mentiu, na medida que disse que ontem (nessa quarta-feira) o deputado André Moura teria estado com a presidente Dilma, levado por mim. O deputado André Moura não esteve com a presidente Dilma, esteve comigo, sempre discuti com ele como emissário do presidente da Câmara, sempre discuti com ele pauta econômica”, disse o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
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Reações ao pedido de impeachment de Dilma dividem opiniõesJuristas divergem sobre conduta do Congresso diante do impeachment de DilmaCunha acusa Dilma de "mentir à nação" ao dizer que não faz barganhaO ministro, que é um dos mais próximos de Dilma, elevou o tom contra as declarações de Cunha, disse que a presidência da Casa foi transformada em um “bunker da oposição” e que, por causa da investigação do Conselho de Ética, o parlamentar não tem mais legitimidade para presidir a Câmara. “Ele perdeu a legitimidade para sentar na presidência da Casa que o está julgando.”
Com Agência Brasil.