Jornal Estado de Minas

Deputados fazem na Assembleia de Minas ato em repúdio a pedido de impeachment de Dilma

Deputados da base do Governo, lideranças políticas e representantes de movimentos sociais fizeram nesta quinta-feira, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um ato de repúdio ao pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef. Eles destacaram a necessidade de definir ações para fazer frente a essa situação e de construir um movimento nacional a favor da democracia.

Os participantes do evento na ALMG confirmaram presença em encontro da Frente Brasil Popular Mineira, que será realizado nesta sexta (4), para continuar a discussão. A deputada Marília Campos (PT) destacou que é importante que todos os atores se articulem para lidar com essa nova situação. Já a deputada Cristina Corrêa (PT) afirmou que a situação, que pode ser considerada como uma tentativa de golpe, deve fortalecer o País.

Já segundo o deputado Geraldo Pimenta (PCdoB), é preciso resistir à tentativa de golpe. “Minas não aceita isso. Vamos defender o mandato da presidenta”, salientou. O deputado João Alberto (PMDB) falou que o PMDB mineiro apoia o governo da presidente Dilma Roussef e vai lutar pela continuidade de seu mandato.

Nesta tarde o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leu, em plenário, o parecer que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa.
O documento já tinha sido divulgado nessa segunda-feira pelo peemedebista à imprensa. A partir de agora, Dilma deverá ser notificada oficialmente, e os partidos com representação na Câmara terão até a próxima segunda-feira, às 14 horas, para indicar seus representantes na comissão especial que analisará o processo. O colegiado será instalado na terça-feira.

O parecer de Cunha foi feito em relação ao pedido de impeachment elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, e Janaína Paschoal. No documento, o peemedebista alega que Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal, com as "pedaladas fiscais", a edição de decretos de abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso e a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que provocou prejuízos de pelo menos US$ 792 milhões, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU)..