O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), extinguiu o mandado de segurança protocolado pelo deputado federal Rubens Júnior (PCdoB-MA) contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ação foi a primeira de três protocoladas pela base aliada nesta tarde como contra-ataque ao anúncio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de dar prosseguimento ao impedimento da presidente. O ministro declarou que o parlamentar não tem legitimidade para apresentar esse tipo de recurso ao Supremo por não ter o direito próprio ferido.
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Mendes nega pedido do PT para suspender ato de Cunha que abriu impeachmentDeputados do PT desistem de recurso no STF após Gilmar Mendes se tornar relatorNotificação de impeachment de Dilma já foi recebida pelo PlanaltoVeja como foi leitura do pedido impeachment de Dilma no plenário da Câmara dos DeputadosEm encontro com Dilma, Temer aconselha presidente a evitar confronto com CunhaPedido de impeachment contra Dilma destaca 'pedaladas' e PasadenaCunha rejeita pedido de impeachment feito por presidiárioGoverno e oposição travam batalha sobre andamento do processo de impeachmentCom a decisão, o caso será extinto no Supremo. Esta é a segunda derrota imposta pelo Supremo nesta noite à estratégia do governo de contar com recursos da base aliada ao Tribunal. Instantes antes da decisão de Celso de Mello, o ministro Gilmar Mendes negou pedido liminar (provisório) de deputados petistas para suspender a decisão de Cunha e também indeferiu o pedido de desistência dos parlamentares - protocolado uma hora após a distribuição do caso para o magistrado.
Com isso, resta apenas uma decisão liminar - das três propostas ao Supremo - a ser tomada: a do ministro Luiz Edson Fachin, relator de uma ação de descumprimento de preceito fundamental que questiona a compatibilidade de trechos da lei do impeachment, de 1950, com a Constituição de 1988..