São Paulo - Um dia depois da decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PT e os movimentos de rua anti-Dilma decidiram voltar a disputar o protagonismo nas ruas em manifestações por objetivos distintos. De um lado, aliados da presidente vão defender o mandato e "a democracia contra o golpe" e, de outro, grupos defenderão o impedimento da presidente.
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Grupos prometem ir às ruas manifestar apoio ou repúdio ao impeachmentCom público em baixa, organizadores esperam maior adesão em protestos no próximo anoDilma diz que fará defesa de mandato com todos instrumentos do Estado democráticoDilma é recebida aos gritos de 'não vai ter golpe' em evento em BrasíliaA estratégia da defesa, segundo Falcão, será atuar em três frentes: questionando o pedido judicialmente no Supremo Tribunal Federal, atuando junto aos deputados para impedir a abertura do processo e "debatendo com a sociedade", criando mobilizações de rua. "O que está em jogo agora é a democracia do País, que foi conquistada duramente", disse Falcão.
Já os grupos pró-impeachment definiram nesta quinta-feira, 3, a data para a próxima manifestação. Será no próximo dia 13, na Avenida Paulista, em São Paulo. "No dia 13 faremos um 'esquenta' e anunciaremos a próxima grande manifestação", diz Renan Santos, porta-voz do Movimento Brasil Livre.
A data foi definida em reunião em que estiveram presentes os representantes das principais organizações responsáveis pelas manifestações de maio, junho e agosto, que levou às ruas milhões de pessoas em diversas cidades brasileiras. Os grupos aguardam uma decisão dos deputados sobre o adiamento ou a manutenção do recesso parlamentar para definir a data. "Nosso plano era ter uma ação mais gradativa, mas agora aceleramos o processo", afirma Rogério Chequer, do Vem Pra Rua.
Na Câmara, líderes oposicionistas consideram as mobilizações de rua fundamentais para o processo.