Com o maior número de representantes na Comissão Especial que irá analisar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, PT e PMDB avaliam abrir mão de indicar o comando do colegiado. O objetivo é trabalhar para emplacar nomes de partidos aliados na coordenação dos trabalhos. Um dos cotados pelo PT para presidir o colegiado é o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), próximo ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
Tradicionalmente, as duas maiores siglas ou blocos partidários indicam o presidente e o relator das comissões especiais. Mas, dessa vez, a eleição será aberta a todas as siglas e haverá disputa. PT e PMDB estudam não participar com o argumento de que têm interesses diretos no processo em análise, uma vez que Dilma é filiada ao PT e o vice-presidente Michel Temer, ao PMDB.
"É praxe na Casa as duas maiores bancadas indicarem o comando das comissões especiais. No entanto, existe no PMDB e no PT quem defenda que como os dois partidos têm interesses direto no debate, que não fosse nenhum dos dois a ocupar a função. Nós do PMDB não vamos chegar com um pacote fechado. Vamos ter que encontrar um nome que tenha credibilidade, com trânsito", disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).
Os petistas afirmam que é "natural" que o comando da comissão fique entre os aliados e não com um representante do partido. O argumento é que o deputado Paulo Magalhães tem se mostrado fiel a Jaques Wagner e ao governador da Bahia, o petista Rui Costa. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Magalhães sinalizou estar disposto a disputar um cargo no comando do colegiado caso seja convidado. "Essas coisas a gente não pede, a gente recebe como missão. E missão é para ser cumprida", afirmou.
Num discurso afinado com o Palácio do Planalto, o deputado do PSD defendeu que o Congresso funcione em janeiro para dar andamento ao processo. "Temos de ter disposição para trabalhar em janeiro e essa tem de ser uma decisão imediata. É o futuro do País", justificou.
As negociações em torno de nomes para o comando da comissão especial, contudo, irão depender das indicações dos 65 deputados que irão participar dela. A base aliada teria, pelo menos, a metade das vagas. Contudo, não é possível garantir que todos os nomes serão fiéis ao governo.
Prazo
Devido à grande demanda de parlamentares e os cálculos que as bancadas ainda fazem, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu prorrogar o prazo final para a apresentação dos nomes, de 14h para até as 18h desta segunda-feira, 7.
Aliado do Planalto, o líder do PMDB deve indicar deputados com perfis "moderados" e contra o afastamento da presidente. Parlamentares próximos de Cunha não devem ter espaço na lista de indicados de Picciani - que deve ser um dos oito membros da comissão.
"A chave de toda a coisa é o PMDB. É o PMDB que terá peso na evolução do processo do impeachment", comentou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). A sigla, que tem duas vagas (mais duas suplências), deve indicar Rodrigo Maia (RJ) e ainda discute o segundo nome. Mendonça disse que não vai se auto indicar. "É muita demanda. No meio de uma disputa dessa, líder tem de ser generoso".
Tradicionalmente, as duas maiores siglas ou blocos partidários indicam o presidente e o relator das comissões especiais. Mas, dessa vez, a eleição será aberta a todas as siglas e haverá disputa. PT e PMDB estudam não participar com o argumento de que têm interesses diretos no processo em análise, uma vez que Dilma é filiada ao PT e o vice-presidente Michel Temer, ao PMDB.
"É praxe na Casa as duas maiores bancadas indicarem o comando das comissões especiais. No entanto, existe no PMDB e no PT quem defenda que como os dois partidos têm interesses direto no debate, que não fosse nenhum dos dois a ocupar a função. Nós do PMDB não vamos chegar com um pacote fechado. Vamos ter que encontrar um nome que tenha credibilidade, com trânsito", disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).
Os petistas afirmam que é "natural" que o comando da comissão fique entre os aliados e não com um representante do partido. O argumento é que o deputado Paulo Magalhães tem se mostrado fiel a Jaques Wagner e ao governador da Bahia, o petista Rui Costa. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Magalhães sinalizou estar disposto a disputar um cargo no comando do colegiado caso seja convidado. "Essas coisas a gente não pede, a gente recebe como missão. E missão é para ser cumprida", afirmou.
Num discurso afinado com o Palácio do Planalto, o deputado do PSD defendeu que o Congresso funcione em janeiro para dar andamento ao processo. "Temos de ter disposição para trabalhar em janeiro e essa tem de ser uma decisão imediata. É o futuro do País", justificou.
As negociações em torno de nomes para o comando da comissão especial, contudo, irão depender das indicações dos 65 deputados que irão participar dela. A base aliada teria, pelo menos, a metade das vagas. Contudo, não é possível garantir que todos os nomes serão fiéis ao governo.
Prazo
Devido à grande demanda de parlamentares e os cálculos que as bancadas ainda fazem, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu prorrogar o prazo final para a apresentação dos nomes, de 14h para até as 18h desta segunda-feira, 7.
Aliado do Planalto, o líder do PMDB deve indicar deputados com perfis "moderados" e contra o afastamento da presidente. Parlamentares próximos de Cunha não devem ter espaço na lista de indicados de Picciani - que deve ser um dos oito membros da comissão.
"A chave de toda a coisa é o PMDB. É o PMDB que terá peso na evolução do processo do impeachment", comentou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). A sigla, que tem duas vagas (mais duas suplências), deve indicar Rodrigo Maia (RJ) e ainda discute o segundo nome. Mendonça disse que não vai se auto indicar. "É muita demanda. No meio de uma disputa dessa, líder tem de ser generoso".